quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

PRA RECOMEÇAR


Se por um instante, fizessemos outras opções, tudo a nossa volta seria diferente. E é essa brevidade contida em cada atitude, que compõem a beleza da vida. A graça da equação é a surpresa do resultado. Previsível é a pá que enterra o sabor das escolhas.
Eu teria paredes desenhadas, e pés pretos todo tempo. Abortaria missões desnecessárias, a lugares que jamais chegarei. Guardaria pra mim as palavras, que me servirão de consolo. Plantaria mais flores, em vários tons, jogando as sementes a esmo. Deixarei a surpresa de outros olhares e ângulos, influenciarem minha ótica. Abrirei mão. Carregarei algumas pedras nos bolsos, porque é preciso estar prevenida. E com pedras se faz fogo e guerra, coisas que devemos manter sempre sob controle. Deixarei com vocês a responsabilidade dos seus atos, mesmo que escolham as palavras doídas. Não me pegarão de surpresa, deixando a porta aberta pra tristezas entrarem. Sentirei muito e esquecerei na mesma medida. Promoverei encontros dentro de mim, e me apresentarei a mim mesma com entusiasmo. Não aceitarei malcriações como desculpa pra um cotidiano medíocre. Aliás... eu repudio o medíocre. Aceito as mentiras sinceras, e desprezarei as invejas brancas. É típico desculpar-se daquilo que não temos controle. Vou emagrecer 4 quilos, tirando pesos dos ombros. Seguirei a pé, e olharei a minha volta em slow motion. Cantarei canções pra mim, e algumas delas vão falar de amor. Deixarei que se quebrem as pontas dos lápis, por uso. Uma vela será acesa com apenas uma promessa a cumprir. Entrar no mar com a frequência necessária pra manter a alma lavada. Será típica a alegria contida no que é simples e indispensável. Me desculpo de antemão do que venha a causar, a partir deste momento, dizendo convicta: FODA-SE! Afinal... ninguém se importa mesmo, além de nós mesmos. 2012 é só mais um ano? Decida por você, pois minha escolha é pessoal e intransferível.

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