quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

LEMBRANÇAS EM TECNICOLOR


São os tijolos colocados no alicerce que definem a qualidade da obra. Se não tivesse passado tardes mergulhada em outros mundos, se não tivesse contato com o encantamento em tecnicolor, talvez nada disso tivesse sido do jeito que é. Porque não se esquece jamais o poder do sorriso do gato Chershire , que ao sumir virava lua minguante. Porque não se esquece a felpa do rabo da raposa e nem da peninha do chapéu do Robin. Não se esquece de olhar bem dentro dos meus olhos, Baguera. Não se esquece a força de um veado que defende a sua familia. Não se pode jamais esquecer do poder de um mago que faz as vassouras trabalharem sozinhas, nem tão pouco se apaga a saia tutu das bailarinas hipopotamo. Porque posso ver os chifres da rainha má, e seus olhos roxos de furia. Como esquecer o charme de Cleo, a consciência do grilo e o brilho dos olhos do menino? No meu tempo, eu vivi na Terra do Nunca, e vi o rastro da fada. Eu sei da história do menino lobo, e sei o gosto de espaguetti. Espaguetti tem gosto de amor, entre uma dama e um vagabundo. Contei os anões, eram 7. E vi o elefante apagar o incêndio com a tromba. Como esquecer do casaco de pele, com manchas pretas e a mecha branca na franja? Como se esquecer o começo da conversa? Como faz pra se apagar lembranças desse tipo? Tem como? E afinal... nem tem porque...

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