quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Y


Uma CRIATURA que transita entre tantas tribos, que fica dificil dizer a qual delas pertence.Aliás... alguém que nem sabe direito o significado da palavra tribo, este sendo assim tão anos 90. Da mesma forma que acorda num dia com inspiração pra ser a mais fashionista, a mais influenciavel por modismos e febres, pode no outro estar basica e minimal, já apontando a tendência futura. Não se prende a nada da mesma forma que não se desconecta. Tenta se preserva de stalkers e se expõe em redes sociais, no mundo virtual e na rua. Fala, ouve, digita, absorve, repele, aprova e decreta, tudo num click. Vive de excessos e se entedia com facilidade. Não soube brincar na infância, cada vez mais curta e aparentemente desnecessária. Quer crescer o quanto antes mas não quer envelhecer jamais. Enquanto ouve musica, joga, conversa, digita, pesquisa e posta... estuda! Tem no minimo 5 mídias conectadas a sua frente enquanto nem saiu do quarto. Prefere muitas vezes esse contato social virtual ao contato físico. Renega o anterior como todos que vem depois. Não sabe escrever direito em linguagem convencional, mas sabe tudo da "nova ortografia". Não sabe dialogar pessoalmente, mas se comunica initerruptamente. Ri com um "HUahUAHuAHua" de quem ri "hahahaha" ou "kkkkk". Se monta num dia, e preserva o verde no outro. Recicla desde que nasceu, e é adepta da dieta vegana. Não come carne vermelha e bebe até cair. Só usa shampoo sem sal e drogas químicas. Faz as unhas toda semana e sexo virtual com estranhos. Fura a propria pele e o olho da melhor amiga. Aliás, tem 12 melhores amigas. Faz dieta desde os 9. Só come salada e salgadinhos sem gordura trans. Viajou o mundo e não conhece a rua de baixo de casa. Politicamente engajada e incorreta. De bolsa grifada. De peitos, cílios, e irmão postiços.Tão jovem... tão linda... tão loira... tão comum. Tão clichê que soa até moderno, rá!
Olhemos então para as novas gerações, e falemos então sobre os "Y", os Millennials. Vejamos neles aquilo que já fomos, e roubemos o que deixamos de ser. Acreditemos que sim, como sempre, é o novo que move! É o fim... apenas de uma decada!

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